Race Driver: GRID 2
Quando a corrida e a narrativa andam de mãos dadas
Games de corrida raramente conseguem entregar uma experiência “completa” em termos de narrativa. Nos tempos áureos desse gênero, quando Road Rash ou os primeiros Need for Speed (que ainda se chamavam “The Need for Speed”) aportaram nos consoles, as prioridades não giravam em torno de um sistema de upgrades ou das corridas propriamente ditas. Eram games que preconizavam o enredo.
E é exatamente esta a premissa que GRID 2, a ser lançado no dia 31 de maio para PS3, Xbox 360 e PC, pretende retomar: aliar à frenesi consagrada por seu antecessor a uma profunda história que não “está ali só por estar”.
Adeptos do multiplayer também terão um prato-cheio à disposição. A sequência do game lançado em 2008 promete entregar experiências distintas e autônomas para cada modo. Parece que essa lacuna de cinco anos, em que a Codemasters dedicou seu talento às franquias irmãs – Formula 1, Dirt –, foi um período em que a desenvolvedora exauriu seus recursos para entregar uma experiência automobilística completa. “Profundo” é o mínimo que podemos aguardar de GRID 2.
Enredo com sentido
Correndo por fora do atual cenário de simuladores e arcades, em que todo e qualquer foco diz respeito à customização dos carros e à variedade dos modelos à disposição, GRID 2 pretende dar um sentido ao enredo principal e encaixar o jogador numa teia de eventos convincente e bem narrada. Em outras palavras, o game quer contextualizar as corridas, embutir um propósito nelas.
“Muitos jogos de corrida por aí tendem a ser secos em termos de narrativa, sem muita profundidade. Nossa ideia é sair desse panorama de fazer um evento após o outro para a finalidade de somente acumular carros e mais carros. Queremos oferecer um propósito de se estar ali, uma razão para competir”, declarou Clive Moody, produtor-executivo sênior da Codemasters. “Para nós, é muito importante colocar o jogador num mundo plausível, em uma situação que poderia ser real, que dê credibilidade”, completou.
Longevidade
GRID 2 ostentará uma longa campanha solo. Marinheiros de primeira viagem que desejarem atingir os 100% do game podem esperar pelo menos 30 horas de jogo nesse modo.
O executivo da Codemasters afirmou que a equipe não poupou esforços para entregar uma experiência longeva. “Quem quiser fazer tudo o que GRID 2 tem a oferecer, incluindo os eventos secundários e os desafios extras, terá tempo de sobra para ficar ocupado. A campanha solo será uma experiência massiva. Percebemos que jogos supostamente ‘grandes’ duram hoje cerca de seis horas. Não achamos que só isso seja justo para nossos fãs”, disse Moody.
Os entusiastas de Gran Turismo provavelmente se sentirão em casa. Quem é veterano do simulador sabe o que é uma campanha extensa e cheia de entraves – os quais existem justamente para enriquecer o conjunto geral.
Multiplayer aprimorado
Quando a lasseada campanha solo for concluída, o deslocamento natural é pensar em “tirar uns rachas” no multiplayer achando que o modo se resume a essa única ideia. Ao contrário do primeiro game, que apresentou um multijogador absolutamente “normal”, aqui há melhorias estruturais e quantitativas.
Além de modos inéditos e mais carros, GRID 2 promoverá maior integração graças aos servidores do sistema RaceNet, uma resposta da Codemasters ao que seria o Autolog da EA ou o Uplay da Ubisoft.
Muitos podem pensar tratar-se de um simples sistema de rastreamento das estatísticas para um comparativo do desempenho entre jogadores de todo o mundo. O RaceNet vai além: oferece novos objetivos e recompensas aos que progredirem no multiplayer e traz desafios semanais.
Além dos eventos promovidos pelo RaceNet, GRID 2 oferecerá sete modos principais de multiplayer: Race, Endurance, Drift, Touge, Checkpoint, Face Off e Time Attack. As partidas podem ser disputadas com até 12 jogadores simultaneamente.
A Codemasters não deixou de pensar nos gamers casuais. Aqueles que desejarem uma rápida corrida online ou em tela dividida (localmente, nesse caso) poderão desfrutar de partidas descompromissadas com o mesmo grau de esmero dos outros modos.
Por falar em esmero, o sistema de customização, como era de se esperar, oferecerá múltiplas possibilidades para você personalizar sua caranga. O robusto editor permitirá nada menos que até 6 bilhões (você leu corretamente, bilhões) de diferentes combinações.
O sistema LiveRoutes
As novidades não param na campanha solo, que terá uma história intrínseca, e no robusto modo multiplayer. Um dos grandes atrativos de GRID 2 jaz em um inédito sistema chamado LiveRoutes, que altera dinamicamente a pista a cada volta.
Esse sistema será implementado em diversos modos e modificará, de forma aleatória, o trajeto das pistas. A cada volta, o jogador poderá encarar uma rota diferente. Isso atribui um caráter absolutamente imprevisível do que está por vir.
“Serão mudanças sutis no mesmo local. Pode ser que em um determinado ponto da primeira volta você tenha de virar à esquerda, mas que esse mesmo ponto em um momento seguinte o obrigue a virar à direita. Você nem sequer vai perceber”, afirmou Becky Crossdale, designer de níveis da Codemasters.
Uma espera que deve valer a pena
O intervalo de cinco anos entre o primeiro título e a vindoura sequência, período em que a Codemasters dedicou-se a franquias como Formula 1 e Dirt, talvez seja um indicador de que GRID 2 resguarde os melhores ingredientes de seu predecessor e ainda implemente as belas novidades anunciadas. A franquia é praticamente um meio-termo entre simuladores realistas e corridas estilo arcade.
GRID 2 será lançado para PS3, Xbox 360 e PC no dia 31 de maio.
Fonte: BaixakiJogos











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